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Como fazer um crédito sem hipotecar a sua vida?
Isto de pedir um crédito tem muito que se lhe diga, mas a verdade é que não havendo fortuna própria nem familiares ou sócios a quem recorrer, também não há necessidade de desperdiçarmos palavras a explicar porque deve pedir dinheiro emprestado. É óbvio. Portanto, há muito que se lhe diga, sim, mas neste artigo vamos limitar-nos a dizer uma coisa: deixe lá os bancos e outras instituições financeiras gozarem das suas taxas de juros, peça o empréstimo, pague as mensalidades e desfrute… sem hipotecar a sua vida!
Fazer um crédito significa contrair um empréstimo de uma determinada quantia em dinheiro. E contraí-lo porquê? Ora, porque a vida não está fácil e possivelmente não tem como suportar despesas com bens e serviços de grande valor. Alguns superficiais, é certo, mas outros são necessários por questões de saúde, habitação, mobilidade, trabalho, etc. E a verdade é que se os créditos existem, por algum motivo é. Qual? Simplificar a vida às pessoas! Permitir-lhes fazer face a uma despesa para realizarem um determinado objetivo.
Evidente que existem bens que não merecem nem justificam uma aquisição com recurso a empréstimo. Pedir dinheiro emprestado para comprar roupa, jóias ou simplesmente para ir jantar ao restaurante da moda, não é lá grande ideia. E mesmo que se trate de um televisor ou de uma nova consola de jogos, há que avaliar o impacto dos encargos com o pagamento dos empréstimos no orçamento familiar, pois as prestações vão acrescer às despesas fixas! Ainda assim e mesmo com os encargos com as prestações de empréstimo a aumentarem a taxa de esforço, há casos em que não deve hesitar e tipos de crédito de que pode beneficiar. E vamos conhecê-los!
É um acordo ou modalidade de empréstimo de dinheiro, ou seja, um produto financeiro de cedência de capital a empresas ou particulares, que ficam obrigados a devolver esse montante ao longo de um prazo acordado, acrescido de encargos com juros e outros custos.
Claro que para o banco ou instituição financeira, se trata de uma operação comercial que visa a obtenção de lucro, conseguido através dos juros que o cliente tem de somar ao capital adiantado pelo banco e que vai devolver ao longo de um determinado período, acordado entre as partes. Para a empresa ou particular, é uma forma de conseguir verba para comprar casa, carro, fazer face a alguma despesa imprevista, estudar, dar seguimento a algum investimento ou simplesmente, realizar um sonho. E por que não?
Embora as características dos créditos variem consoante o tipo e requisitos da instituição onde se contrai o empréstimo, existem algumas linhas comuns:
Não há hipótese! Se não tem liquidez digna de nota, não é herdeiro de uma fortuna considerável nem ganhou o totoloto, a dada altura acabará por recorrer a ajuda financeira para comprar uma casa, carro ou até mesmo para realizar a sua viagem de sonho. Nesse sentido, existem diversos tipos de crédito…
Não se destina propriamente a uma finalidade específica (pode servir para pagar estudos, despesas médicas, remodelações, estudos, etc), mas o seu objetivo, como o nome indica, é de índole pessoal.
Quantia – Depende da instituição financeira e pode ir de 250€ a 50.000€, em média.
Prazo –Mínimo de 6 e máximo de 120 meses.
Taxa de juro – Variável, entre 7% a 9%, consoante o banco ou instituição de crédito
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Como o nome indica, este empréstimo tem como finalidade a aquisição, construção e recuperação de casa própria.
Quantia – financiamento até 70% ou 80% do valor do imóvel.
Prazo – até 40 anos, dependendo da idade do cliente.
Taxa de juro – indexada à Euribor (3, 6 ou 12 meses), mais spread de acordo com a instituição bancária ou financeira.
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Modalidade que se destina a estudantes (independentemente do nível de ensino) que precisam de uma ajuda financeira para prosseguirem com os seus estudos ou formação profissional. Os montantes podem incluir custos com propinas, estadias e alimentação, entre outros.
Quantia – variável entre 1.000€ e 5.000€ por ano de curso, até um máximo de 25.000€, por aluno.
Prazo – de acordo com a duração do curso ou formação que varia de 1 a 5 anos.
Taxa de juro – taxa fixa com base na taxa do SWAP (troca) acrescida de um spread máximo de 1%.
Eis um dos empréstimos com mais procura! Não só porque é fácil de obter, mas porque hoje em dia todas as pessoas sentem necessidade de possuir uma viatura própria e este recurso ajuda-as a comprar um automóvel.
Quantia – é possível obter um financiamento até 75.000€.
Prazo – variável entre 12 e 120 meses.
Taxa de juro – negociável.
Esta modalidade não se destina a um fim específico, mas sim à junção de vários créditos num só, com o objetivo de permitir ao cliente passar a pagar uma única prestação e assim reduzir o montante da prestação mensal. Ao mesmo tempo que liquida as dívidas do empréstimo pessoal, do automóvel e da casa, por exemplo, poupa dinheiro numa única prestação.
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Esta modalidade está associada à compra de determinados produtos de valor mais elevado, como computadores, smartphones ou eletrodomésticos, e muitas vezes é facultada pela própria loja que detém acordos com instituições financeiras que permitem ao cliente fazer o pagamento em prestações, facilitando-lhe a aquisição do bem e nalguns casos sem ter de pagar juros.
Vocacionados para diferentes tipos de investimentos em negócios, podem ser obtidos junto de instituições financeiras e entidades públicas institucionais, incluindo as que gerem fundos comunitários.
Existem alguns critérios de avaliação de risco de crédito que a maioria dos bancos e instituições financeiras respeitam, independentemente do tipo de empréstimo. São eles:
Uma das formas de a instituição financeira avaliar se lhe concede ou não crédito, é através da análise da sua taxa de esforço, sendo que a taxa de esforço lhe permite aferir se os seus rendimentos são suficientes para conseguir pagar as mensalidades em causa até final do prazo. A taxa de esforço calcula-se fazendo a divisão das prestações pelo rendimento total disponível todos os meses e para ser aprovada, não deve ultrapassar 40% do seu rendimento.
O seu histórico como cliente também é importante na hora da aprovação do empréstimo, pois é o que indica ao banco ou instituição de crédito, quais os seus movimentos financeiros. Por outras palavras, permite-lhes saber qual a sua pontualidade e eficiência nos pagamentos. Além disso, a sua reputação e comportamento no que toca a empréstimos (empréstimos contraídos, eventuais incumprimentos e montantes em dívida) pode ser investigada, entre outros registos, na base de dados da Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) do Banco de Portugal.
Também pode ser o valor do seu património a dar a luz verde. Um bom património é garantia que baste para um banco ou outra instituição financeira, pois é uma indicação forte de que caso deixe de pagar as prestações, é possível recuperar o montante em dívida.
A sua capacidade em gerir o dinheiro é fundamental para a concessão de crédito e pode ser avaliada através da estabilidade profissional, cargo que ocupa numa empresa, nível de escolaridade, etc.
Não fosse o crédito e muitos consumidores teriam de adiar ou mesmo esquecer a aquisição de produtos necessários ao seu bem-estar. Não fosse o crédito e muitas pessoas ainda não teriam nem automóveis nem casa própria. E muitos investidores não poderiam criar riqueza. Muitos empresários não conseguiriam enfrentar problemas de tesouraria. Sem ele não se diversificavam atividades económicas, não circulavam tantos bens.
Claro que o recurso exagerado a empréstimos pode contribuir para o endividamento dos consumidores e para a inflação da economia, mas a atual legislação económica, jurídica e social tem minimizados estes inconvenientes, tentando que cada vez mais que este recurso seja justificado, oportuno e ordenado.
Além de satisfazer uma necessidade essencial ou supérflua, os empréstimos têm outras vantagens…
Respire de alívio! Agora que sabe que pedir um empréstimo (ou dois ou três ou quatro…) não é uma coisa do outro mundo, pense no que precisa, faça as suas pesquisas e comparações, avalie o seu orçamento familiar mensal e aventure-se… sem hipotecar a sua vida!
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